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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Lembranças do filme A Cura

Dexter (Joseph Mazello) é um garoto de onze anos, que vive apenas com sua amorosa mãe (Annabella Sciorra) e sofre o violento preconceito de ser portador do vírus da AIDS.

Com a saúde frágil e muito calado, ele não freqüenta a escola e não tem amigos.

Em resumo, não obstante o carinho e a dedicação de sua mãe, Dexter é um menino triste, sem esperança e que vive seus dias sem qualquer motivação.

Seu vizinho, Eric (Brad Renfro), por sua vez, tem saúde de sobra, mas em compensação não recebe afeto de ninguém. É um menino difícil e infeliz.

Em um primeiro momento, o que aproxima Eric de Dexter é a curiosidade.

Seria mesmo perigoso ter contato com o menino aidético?

Rebelde e solitário, Eric abandona seus medos e começa a conviver com Dexter. São tardes de brincadeiras, de conversas e de ‘pesquisas’ caseiras em busca da cura da AIDS.

O que parecia improvável pelas diferenças que afastavam os meninos, acaba se transformando em uma amizade sólida e verdadeira.

A persistência de Eric em encontrar uma forma de curar o amigo cria em Dexter uma energia nova, despertando nele coragem para lutar e resistir o máximo à sua triste sina.

As tentativas são as mais variadas: desde entupir Dexter de doces, até viajar por centenas de quilômetros em busca de um remédio novo.

Tudo que é possível é tentado e experimentado pela jovem dupla.

Se resolve? Bem, aí já é outra história.

De qualquer forma, o filme trata com grande acerto e seriedade a questão da AIDS e do preconceito que a envolve. Sem pieguismo, mas se valendo do tom dramático e comovente que cabe perfeitamente na situação.

O valor de uma verdadeira amizade e os efeitos benéficos que ela pode trazer a uma vida resumem, com precisão, as lições que esse belo filme deixam.

Tenha lenços à mão e assista-o colocando-se no lugar desses meninos adoráveis e sonhadores, que poderiam ser nós mesmos, ou nossos melhores amigos.

Quem sabe?

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